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COVID-19: VACINA CONTRA VÍRUS ESTÁ CHEGANDO

A pandemia do Coronavírus mudou a vida do mundo inteiro.

Atualizado em 05/01/2021 às 20:05:14

COVID-19: VACINA CONTRA VÍRUS ESTÁ CHEGANDO

Entrevista


A pandemia do Coronavírus mudou a vida do mundo inteiro.


Medo, muitas mortes, isolamento, máscaras, higienização das mãos, protocolos sanitários em todos os lugares... E, por isto, que muitas pessoas acreditam que somente a vacina contra o vírus poderá trazer o fim deste tormento.
No Reino Unido, a população já está se vacinando, desde a primeira semana de dezembro. No Brasil, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou no último dia 16, que, no Brasil, a campanha de vacinação contra o novo Coronavírus poderá começar em fevereiro de 2021 caso os laboratórios farmacêuticos cujas vacinas estão em fase adiantada de produção cumpram todas as etapas burocráticas até o fim deste ano.
Devido ao excesso de informação, que acaba gerando desinformação, o SUA SAÚDE entrevista doutor Roberto Chaves, médico pediatra, nutrólogo pediátrico, doutor em Pediatria, professor do curso de Medicina da Universidade Itaúna, membro da Associação Brasileira de Clinicas de Vacinas, proprietário de uma clínica de vacina, para esclarecer um pouco sobre o assunto.


SUA SAÚDE: Doutor, muitas pessoas acreditam que a vacina está demorando. No entanto, existem etapas que não podem ser queimadas, pois garantirão a segurança da mesma. Fale sobre a importância das etapas na fabricação de uma vacina.


DR. ROBERTO: As novas vacinas necessitam mostrar através de critérios científicos rigorosos que apresenta imunogenicidade (capacidade de gerar anticorpos), segurança e eficácia contra a doença. As etapas a serem cumpridas são classificadas em 5 estágios: Fases 0, 1, 2, 3 e 4.
A fase 0 é realizada em animais onde é avaliado o potencial de eficácia e segurança para uso em humanos.
A fase 1 é realizada em um pequeno número de voluntários, em geral de 20 a 100, com ênfase na segurança e na capacidade de induzir resposta imunológica.
A fase 2 objetiva avaliar a eficácia e informações mais detalhadas sobre a segurança sendo realizada em centenas de voluntários.
A fase 3 incluir milhares de participantes com o objetivo de atestar a eficácia, a imunogenicidade e a segurança. Esta etapa exige maior rigor metodológico, com grupos randomizados e, geralmente, duplo cegos, ou seja, os indivíduos são separados em dois grupos onde um grupo recebe a vacina e o outro um placebo.
Após o término da fase 3 a vacina é submetida a avaliação das agências reguladoras para sua comercialização. No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável para aprovação do uso das vacinas e medicamentos.
Após a aprovação pela ANVISA, o laboratório responsável pela produção da vacina obtém o registro que o autoriza a produzir e distribuir a vacina em todo o território nacional. Como os estudos clínicos (fase 1 a 3) são realizados com um número de pessoas inferior ao que receberá a vacina, o laboratório continua acompanhando os resultados para avaliação dos efeitos adversos. Essa é chamada de fase 4.
Todas as vacinas a serem disponibilizadas em nosso país estão cumprindo rigorosamente todas as fases.


SUA SAÚDE: Qual o papel da Anvisa na liberação de uma vacina?


DR. ROBERTO: A ANVISA é uma agência reguladora, vinculada ao Ministério da Saúde, que fiscaliza além dos imunobiológicos (vacinas), os medicamentos, agrotóxicos, cosméticos e produtos relacionados à saúde. Sua atuação inclui a elaboração de leis e normas técnicas para controle sanitário da produção, distribuição e comercialização dos produtos acima mencionados.
Nenhuma vacina poderá ser administrada em nosso país antes da sua aprovação pela ANVISA. Geralmente, o tempo entre a solicitação de comercialização pelo laboratório até a sua aprovação pela ANVISA demanda alguns meses. A urgência da disponibilização de uma vacina para frear a pandemia da COVID0-19 culminou com uma maior agilidade para a liberação da comercialização das novas vacinas. Urge ressaltar que está havendo apenas maior celeridade no processo.


SUA SAÚDE: Tudo indica que os brasileiros terão acesso às vacinas Coronavac (da China) e a de Oxford. Explique para nossos leitores, como é o processo de imunização de cada uma delas?


DR. ROBERTO: A vacina Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, utiliza o coronavírus (SARS-COV-2) inativado, ou seja, morto. Ao entrar em contato com o organismo, o vírus morto induz uma resposta imunológica que resulta na produção de anticorpos e células de defesas específicos contra o novo coronavírus. O Instituto Butantan, em São Paulo, celebrou um convênio com o laboratório chinês para a produção dessa vacina.
A vacina produzida pela farmacêutica AstraZeneca, vinculada à Universidade de Oxford na Inglaterra, é constituída por um adenovírus modificado e inativado, ou seja, o adenovírus morto e recebe fragmentos do material genético do novo coronavírus. Esse vírus morto com partículas do coronavirus é administrado no organismo humano induzindo a produção de anticorpos e células protetoras contra a COVID-19. O Instituto Biomanguinhos / Fiocruz, no Rio de Janeiro, firmou um acordo para a produção dessa vacina no Brasil.


SUA SAÚDE: Existem pessoas que não estão confiando nestas vacinas. O que senhor diz sobre a segurança das mesmas?


DR. ROBERTO: Infelizmente, a falta de conhecimento técnico sobre as confiáveis e sólidas bases científicas para a produção dessas vacinas tem levado muitas pessoas a desconfiarem da segurança e eficácia dessas vacinas. As Fake News têm se disseminado pelas redes sociais gerando insegurança e contribuindo para esse cenário. A politização desse tema também pode estar influenciando muitos indivíduos a optarem pela não vacinação. Creio que temos que fornecer à população informações científicas da melhor qualidade para que a decisão de se vacinar ou não seja consciente e bem informada.


SUA SAÚDE: Para que ocorra a chamada de imunização de rebanho é necessário que 100% da população seja vacinado?


DR. ROBERTO: O efeito rebanho, ou imunidade de grupo, ocorre quando a maioria dos indivíduos de uma comunidade é vacinada. As pessoas não vacinadas ficam indiretamente protegidas, pois aquelas que receberam a vacina impedem a chegada da doença na comunidade.A proporção de uma população que necessita ser vacinada para que seja alcançado a imunidade de grupo varia conforme a doença. Para o sarampo, em torno de 95%. Já para a poliomielite, 80%. Ainda não conhecemos o número exato para atingir o efeito rebanho para a COVID0-19, por isso é tão importante que o maior número possível de pessoas receba a vacina.


SUA SAÚDE: Deixe sua mensagem para o leitor SUA SAÚDE.


DR. ROBERTO: A vacinação é responsável pelo aumento da expectativa de vida em 30 anos nas últimas décadas. A Organização Mundial de Saúde estima que 2 a 3 milhões de pessoas deixem de morrer a cada ano no mundo devido às vacinas. Não há dúvida que todas as vacinas contra a COVID-19 que estão em fase final de pesquisa serão adequadamente avaliadas pelas agências competentes e somente serão aprovadas se houverem evidências robustas sobre a eficácia e a segurança das mesmas. Assim como qualquer outra vacina, a vacina contra a COVID-19 poderá provocar efeitos adversos. Contudo, em face à gravidade potencial dessa nova doença, os benefícios da vacinação serão muito maiores do que os riscos.Eu e toda a minha família receberemos a primeira vacina contra a COVID-19 que chegar ao mercado nacional. Até lá, vamos adotar as medidas para redução do risco de aquisição da doença: uso de máscara facial, álcool gel, água e sabão e distanciamento social.


Autor Dr. Roberto Gomes Chaves
Clínica Dr. Roberto Gomes Chaves: Pediatria, Nutrologia e Vacinas Ltda.
Rua Marcelino Corradi, 180. Centro. Itaúna, MG.
Telefones: 37 3241-8089 / 37 99924-8849
Facebook e Instagram: @dr.robertochaves
Site: www.drrobertopediatra.com

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